Redes Sociais: Geração X se conecta online tão frequentemente quanto se socializa pessoalmente
ANN ARBOR—Jovens adultos da Geração X provavelmente vão se reunir online com os amigos, a família e os colaboradores, como se estivessem se encontrando pessoalmente, segundo um estudo da Universidade de Michigan.
Em um mês típico, adultos com idade média de 30 anos, informaram que tiveram aproximadamente 75 conversas ou contatos frente a frente, comparados com 74 contatos eletrônicos através de emails ou redes sociais.
“Considerando a velocidade das tecnologias emergentes, é provável que os contatos eletrônicos continuem crescendo nos próximos anos, superando eventualmente, as interações cara a cara,” diz autor do último relatório da Geração X, Jon D. Miller.
“Mas atualmente, os jovens adultos da Geração X estão mantendo um equilíbrio saudável entre os contatos pessoais e os eletrônicos.”
Miller dirige o Estudo Longitudinal da Juventude Americana (LSAY) do Instituto de Pesquisa Social da U-M (ISR). O estudo é financiado pela Fundação Nacional de Ciências desde 1986, e o atual relatório inclui respostas de 3,027 entrevistados da Geração X em 2011.
De acordo com Miller, estudar as interações sociais da Geração X é importante porque essas redes, às vezes tratadas como “capital social,” são um componente vital para qualidade de vida.
“A extensão e a composição das redes pessoais são tanto um reflexo da vantagem cumulativa de anos e décadas, quanto um indicador dos recursos disponíveis para ter êxito e lidar com problemas ou desafios que venham a surgir,” diz Miller.
Além do resultado demonstrar uma acirrada similaridade entre os contatos pessoais e eletrônicos, Miller descobriu que os jovens adultos que concluíram um curso de graduação ou têm um grau de escolaridade mais avançado tendem a ter uma rede social maior. Ele também concluiu que os participantes da pesquisa que não terminaram o segundo grau tendem a ter mais contatos pessoais e menos interações em rede eletrônica.
Surpreendentemente, os homens informaram ter mais contatos pessoais do que as mulheres em um mês típico – 86 contra 65. Esta diferença reflete o maior número de horas que os homens passam no trabalho, segundo Miller. Por outro lado, as mulheres mais jovens apresentaram uma maior probabilidade, apesar de pequena, em visitar a família e os amigos, em assistirem a reuniões na comunidade, e em participarem de trabalhos voluntários.
No geral, no decorrer de um mês típico, os participantes informaram visitar a família e os amigos oito vezes, se reunirem ou conversarem com os colegas de trabalho aproximadamente 60 vezes, assistirem a reuniões sociais ou comunitárias quatro vezes, e fazerem três horas de trabalho voluntário.
Analisando as redes sociais eletrônicas, as mulheres foram um pouco mais ativas, iniciando 76 contatos contra 71 dos homens. Em geral, no decorrer de um mês típico, os participantes disseram ter enviado 39 correios eletrônicos não relacionados ao trabalho, usaram o Facebook, em média, 23 vezes, o Twitter quatro vezes, o Skype uma vez e enviaram fotos digitais sete vezes.
“Esta é a primeira geração de americanos que chega à idade adulta no início da era eletrônica,” diz Miller. “Portanto é compreensível que eles demonstrem uma mistura substancial dos métodos tradicionais de contato com a comunicação eletrônica conforme eles constroêm e mantêm o “capital social” que vai ajudá-los a conduzir suas vidas.”
Estabelecido em 1949, o Instituto de Pesquisa Social (ISR) da Universidade de Michigan é a maior organização de pesquisa acadêmica em ciência social do mundo e líder mundial em desenvolvimento e aplicação de metodologia de ciência social, e educação de pesquisadores e estudantes ao redor do mundo. Para mais informação, visite o Web site ISR em www.isr.umich.edu.