A linda e poderosa história visual de Sophie contada no campus: Um exemplo de integração da arte na vida no campus
ANN ARBOR—Sophie, uma personagem criada pela artista sul-africana Mary Sibande, é retratada como uma mulher negra, vestida em trajes elaborados e coloridos, que é destaque em várias formas de arte espalhadas por todo o campus da Universidade de Michigan.
Sophie, assim como Sibande, tem 1,82 metro de altura, a cor negra ‘exagerada’ e se apresenta em tecidos com as cores azul escuro, roxo e laranja. Ela está em esculturas, pinturas, murais estilo-metrô, posteres, fotografias e outras diferentes formas, projetadas para incitar o pensamento sobre gênero, classe e raça da África do Sul pós-colonial e além.
Sibande, residente do Edifício Kidder do Departamento de Artes, do Instituto de Ciências Humanas da Faculdade de Literatura, Ciência e Artes da U-M, é uma palestrante da Série Penny StampSpeaker. Sibande nasceu quando o sistema segregacionista Aparthaid estava caindo e com isso a sua própria história familiar: as três gerações antes dela trabalharam como criados na casa de famílias brancas. Ela se formou em 2007, com Licenciatura em Artes Visuais na Universidade de Joanesburgo.
Alguns denominaram suas instalações como “uma suave e poética bofetada no rosto.” Juliet Hinelly, estudante de doutorado da Escola de Artes e Designs Penny W. Stampss School diz que o trabalho de Sibande a faz pensar “nas estruturas por baixo da sociedade, nas pessoas que de fato trabalham, que fazem o trabalho injusto que nos mantém em movimento.”
Hinelly, como outros alunos de Escola de Artes Stamps, vê Sophie todos os dias no seu caminho para a sala de aula quando passa pela Galeria Slusser, visivelmente integrada ao edifício. “Isso dá uma enorme visibilidade à história,” ela disse.
Amanda Krugliak, curadora de Artes do Instituto de Ciências Humanas, diz que a presença de Sibande no campus integra a arte nas idas e vindas cotidianas dos estudantes. “Cada faceta deste extenso projeto oferece uma experiência diferente, apresentando o trabalho de Sibande em diferentes contextos,” disse Krugliak.
A exposição de impressões gráficas da galeria do Departamento de Estudos Afromericanos e Africanos, como também as conversas com Sibande trouxeram novas audiências para um espaço dinâmico. A documentação de vídeo da artista está no espaço comunitário da biblioteca, oferecendo imagens dos bastidores da montagem de exposição, disse Krugiliak.
A galeria do Instituto de Ciências Humanas se tornou uma espécie de laboratório e agora está com um dos trabalhos mais poderosos de todas as instalações. Em um quarto escuro está o som de uma mulher cantarolando uma canção de ninar, música que a artista escutava de sua mãe quando era um bebê. “Seu impacto no campus foi além de qualquer coisa que poderíamos esperar. O trabalho dela ressoa de uma forma extraordinária entre os alunos, com questões que eles realmente se preocupam. Foi real para eles, ao invés de uma obra abstrata,” disse Krugliak. “Foi bastante pessoal para muitos deles.”
Com apoio do Instituto de Ciências Humanas, da Escola de Artes e Design Stamps, do Departamento de Estudos Afroamericanos e Africanos, Museu de Arte da U-M e Museu de Arte Contemporânea de Detroit (MOCAD).
Mais informações: www.lsa.umich.eduhumanitiesgallerysibandeoncampus