Brasil poderá desfrutar de um grande salto no número de espectadores após jogos da Copa do mundo
ANN ARBOR—Grandes times de futebol dos países que sediam a Copa do mundo desfrutam de saltos significativos no número de espectadores após o evento, o que pelo menos, traz um pequeno raio de sol, diante de tantos gritos de protesto dos brasileiros sobre os exorbitantes custos em ser o país-sede.
Os economistas têm mostrado que o custo em sediar grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo, diminue quaisquer benefícios econômicos que possam ser gerados ao anfitrião.
No entanto, o impulso de 15 a 20 por cento no número de espectadores que o Brasil irá desfrutar depois da Copa do mundo traz um pouco de consolo, diz o economista esportivo da Universidade de Michigan, Stefan Szymanski – embora isso ainda não vá compensar o preço para sediar o evento.
“Sediar esses eventos parece impulsionar a imagem da modalidade esportiva, que traz benefícios a longo prazo para a liga,” disse Szymanski, professor de Cinesiologia da U-M. “O Brasil espera que a Copa do Mundo aumente a concorrência interna brasileira ao nível das Ligas da Espanha e do Campeonato Inglês.”
Os benefícios atinjem até mesmo os clubes que jogam em estádios no país-sede, mesmo que não hospedem os jogos da Copa do mundo, ele disse.
Szymanski e Bastien Drut, das Escolas de Gestão de Paris (ESG Management School -Paris School of Business) estudaram a frequência dos espectadores durante e depois de dois dos principais campeonatos internacionais de futebol: a Copa do Mundo FIFA e a UEFA, Campeonato Europeu. Eles examinaram a frequência durante 10 campeonatos e 11 anos de frequência nos estádios de futebol (cinco anos antes do evento, durante a temporada dos jogos e cinco anos após o evento).
Após o evento, o número de torcedores nos estádios saltou de 15 a 25 por cento nas duas primeiras divisões do campeonato nacional e se manteve assim por mais ou menos cinco anos. No entanto, mesmo tendo em conta o aumento no número de torcedores e a possibilidade de preços mais elevados dos ingressos de entrada, o retorno econômico foi considerado pobre e nenhum dos países sede recuperou seu investimento.
A Copa do Mundo 2014, da FIFA, acontece de 12 de junho a 13 de julho.
Estudo: http://ow.ly/xluAx
Stefan Szymanski: http://ow.ly/xluPd
Escola de Cinesiologia da UM: www.kines.umich.edu