Preocupações com a saúde infantil variam entre diferentes raças, etnias

agosto 20, 2013
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Brancos e hispânicos classificam a obesidade como principal preocupação, mas os negros a coloca em sexto lugar e põem o tabagismo no topo do ranking, de acordo com uma pesquisa nacional sobre a saúde das crianças da U-M

ANN ARBOR, Michigan—Adultos de todos os EUA classificaram a obesidade infantil como a maior preocupação de saúde para as crianças em 2013, mas as prioridades variam com base em fundos étnicos e raciais, de acordo com uma nova Pesquisa Nacional sobre a Saúde Infantil do Hospital das Crianças Mott, da Universidade de Michigan.

Para a enquete anual sobre os top 10, adultos de uma amostra nacional foram convidados a identificar as 10 maiores preocupações com a saúde das crianças em suas comunidades. Em geral, a obesidade infantil é classificada no topo da lista (38 por cento dos adultos disseram que a obesidade é um grande ‘problema’ para as crianças em suas comunidades). Em segundo lugar vem o abuso de drogas, com 34 por cento, seguido pelo fumo e tabaco com 32 por cento.

Os brancos, que representaram a maioria dos 1.996 entrevistados nacionalmente, responderam ter as mesmas três primeiras preocupações. Hispânicos também classificaram a obesidade infantil como número um (47 por cento), mas deram o posto número dois, com 43 por cento, ao abuso de drogas. O terceiro lugar ficou para o bullying, com 39 por cento.

As diferenças são mais impressionantes entre os negros. O grupo colocou a obesidade infantil em sexto lugar. O uso do fumo e do tabaco é o primeiro da lista (40 por cento), seguido por abuso de drogas (34 por cento) e pela violência nas escolas (33 por cento). Doenças sexualmente transmissíveis, incluindo o HIV/AIDS, ficou em quarto lugar e a gravidez na adolescência em quinto.

“A obesidade infantil continua sendo a maior preocupação, mas é essencial olhar para estas diferenças na percepção com base nas raças e etnias,” diz o médico Matthew M. Davis, Mestre de Artes em Políticas Públicas e diretor da Pesquisa Nacional de Opinião Pública em Saúde Infantil do Hospital das Crianças Mott. “Os médicos e as seguradoras de saúde pública devem estar cientes que diferentes comunidades pudessem ter diferentes prioridades sobre quais problemas de saúde são mais importantes.”

A forte ligação entre vários dos 10 principais problemas da saúde infantil e o comportamento da saúde das crianças e das suas famílias, indica que o público compreende o papel poderoso desse comportamento em relação à saúde – em termos do impacto a curto prazo e das consequências a longo prazo, diz Davis, professor associado da Pediatria e da Medicina Interna da Escola de Medicina da U-M e professor de Política Pública da Escola de Políticas Públicas Gerald R. Ford.

“As mensagens dos médicos profissionais sobre os riscos da obesidade infantil são espalhadas através dos programas de saúde pública e dos meios populares de comunicação. Dados recentes, divulgados pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças indicam que as taxas de obesidade infantil podem estar diminuindo pela primeira vez em alguns estados, o que pode ser atribuído ao elevado nível de preocupação e conscientização dos pais, das famílias e das comunidades,” diz Davis.

“Mesmo assim, sabemos que o índice de obesidade entre as crianças ainda é maior do que em gerações passadas. Então esta pesquisa apresenta boas notícias ao relatar que grande parte do público reconhece a necessidade de continuar a trabalhar arduamente neste problema.”

Davis diz que espera que os resultados desta pesquisa forneça uma luz sobre como diferentes comunidades priorizam as ameaças à saúde das crianças em suas próprias comunidades.

“Nem todos os grupos veem através da mesma lente. As diferenças que vemos com base nas raças e etnias provavelmente refletem as realidades das ruas. Para serem bem sucedidos, os programas provavelmente precisarão respeitar e abordar as prioridades de saúde específicas em cada comunidade para melhorar e preservar a saúde da criança,” ele diz.