Quebrando barreiras de custos, resolvendo desafios de negócios globais

Quebrando barreiras de custos, resolvendo desafios de negócios globais
Estudantes da Ross superam problemas reais de mercado no exterior
História e fotos de Fernanda Pires
Após mergulhar na história da empresa, analisar concorrentes e avaliar as necessidades dos consumidores nos Estados Unidos, o Time nº 5 está confiante: a empresa Waterdrop Inc. tem potencial para entrar no mercado norte-americano com sucesso.

A marca europeia de hidratação enfrenta o desafio de vender sabor sem comercializar líquidos—o que coloca a embalagem em um papel central.
“Com a estratégia certa, a Waterdrop tem o potencial de se tornar uma marca líder em hidratação nos EUA,” disse Vanessa Perozo, estudante de negócios da Universidade de Michigan, enquanto seu Time nº 5 apresentava ideias de marketing durante um curso intensivo de primavera na Wirtschafts Universität Wien (Universidade de Economia e Negócios de Viena).
“Aprendemos que a Waterdrop está perfeitamente alinhada com as tendências dos consumidores americanos, posicionada na interseção entre conveniência e sustentabilidade. É crucial usar múltiplos canais de marketing para construir credibilidade e reconhecimento da marca é crucial.”

Estudante do segundo ano na Escola de Negócios Stephen M. Ross da U-M, Perozo e sua equipe se basearam em pesquisas para criar uma campanha que ressoe com o público dos EUA.
A Waterdrop, conhecida por suas micro bebidas ecológicas—projetadas para realçar o sabor da água enquanto reduzem o plástico de uso único—já avança no mercado de bebidas dos EUA, mas almeja liderar o setor de hidratação.
“Foi inspirador ver a representante da Waterdrop tão entusiasmada e grata por nossas ideias,” disse Victoria Pinto, mestranda em gestão da U-M e membro do grupo de trabalho de Perozo. “Esta experiência despertou minha curiosidade sobre o que é necessário para vender produtos internacionalmente. O curso foi intenso e me fez pensar de forma crítica e profunda.”
Aplicação no mundo real
O programa de imersão em Viena ofereceu aos 13 alunos de graduação e mestrado da Michigan Ross uma experiência prática. Em vez de casos hipotéticos, a professora assistente da WU Eva Marckhgott — que ministrou as aulas — colaborou com uma empresa enfrentando desafios reais.

“Isso criou uma situação ganha-ganha: a empresa recebeu novas ideias e os estudantes uma experiência valiosa,” disse Marckhgott. “Como pesquisadora de comportamento do consumidor, sempre incentivo os estudantes a se colocarem no lugar dele. Essa reflexão introspectiva revela as motivações por trás das decisões de compra.”
Para Lina Mežapuķe, gerente sênior de produtos para e-commerce na Waterdrop, parcerias com estudantes são essenciais para manter a inovação.

“Suas perspectivas revelam falhas e ângulos que podemos ter perdido,” disse ela. “Valorizamos profundamente o feedback externo—entender como os outros percebem nossa marca e o que podemos aprender com isso. Os estudantes trazem uma energia incrível e criatividade, mergulhando na pesquisa e propondo ideias que nos desafiam a repensar nossa abordagem. É uma fonte constante de inspiração.”



Em Viena, os alunos também discutiram temas como crise climática, saúde mental e escassez de recursos, explorando como as empresas podem responder de forma responsável.
“Como aprendo melhor na prática, adorei a estrutura do programa,” disse Perozo. “Diferente de uma sala de aula tradicional, essa imersão criou conexões profundas com os professores. Compartilhar seu conhecimento enriqueceu nossa experiência.”
Ampliando o acesso: o novo modelo da Ross Global Initiatives
Programas internacionais de curto prazo sempre foram caros, especialmente pós-pandemia. Isso levou a equipe da Ross a repensar o modelo, colaborando com parceiros globais.
A solução? Professores locais das universidades parceiras oferecem experiências acadêmicas personalizadas, reduzindo custos.



Neste formato, cada estudante da Michigan Ross pagou aproximadamente US $950, mais as passagens aéreas por um curso de marketing de uma semana e 1,5 crédito. Em comparação, a viagem liderada por professores no ano passado para a Itália custou cerca de US$3.000.
As inscrições nos programas de imersão de curto prazo da Ross aumentaram de 72 no ano passado para 156 este ano. O número de participantes confirmados subiu de 27 para 93.

“Lançamos o novo modelo e vimos um grande aumento na procura,” disse Jessica Oldford, diretora administrativa da Ross Global Initiatives. “Estamos enviando três vezes mais estudantes este ano. Isso mantém o impacto financeiro, ao mesmo tempo em que promove a mobilidade dos participantes—o verdadeiro espírito de estudar no exterior.”
Algumas universidades parceiras, principalmente na Europa, têm mais alunos interessados em intercâmbios na Ross do que a escola pode enviar em troca. Esse excedente de créditos permite à Ross oferecer programas acessíveis.
“Como me financiei na faculdade, sei como é difícil estudar no exterior. Acessibilidade sempre foi minha prioridade,” disse Oldford.
Com o sucesso do piloto, a Ross planeja expandir as opções no próximo ano.
Custo como fator decisivo
Custo como fator decisivo

Para Hussein Yassin, estudante de negócios e música, o preço foi crucial.
“A acessibilidade determinou minha participação,” disse Yassin. “Este curso ampliou minha visão sobre marketing para impacto social positivo. Trabalhar com uma empresa real que está fazendo progressos significativos na promoção de uma vida saudável foi uma experiência gratificante. Ver como o design e o posicionamento dos produtos podem impulsionar mudanças positivas no mundo foi inspirador.”
Além da parte acadêmica, o componente cultural também se alinhou aos interesses de Yassin.
“Como estudante de música que estudou as obras de Mozart por anos, visitar Salzburgo, cidade natal dele, foi extremamente atraente para mim,” disse ele. “Essa experiência enriqueceu minha compreensão sobre marketing e me permitiu conectar com uma parte da história que sempre admirei.”

O novo preço do programa também foi um fator decisivo para Molly Burke, estudante de negócios, com especializações em desenvolvimento imobiliário e história. Ela planeja uma carreira no desenvolvimento de habitação acessível e procurava maneiras inovadoras de alinhar seus estudos acadêmicos com um impacto real no mundo.
“Dado o alto custo dos programas internacionais, esta foi uma oportunidade rara de obter experiência global sem uma grande barreira financeira,” disse Burke. “Este programa no exterior proporcionou um ambiente muito mais prático e imersivo, onde pude aplicar estratégias de marketing em um contexto global, além de obter conhecimento sobre como os negócios são conduzidos entre diferentes culturas.”
Entre os destaques do programa, trabalhar com estudantes de diferentes origens culturais e idiomas desafiou Burke a adaptar seu estilo de comunicação, garantindo que suas apresentações fossem claras, envolventes e de fácil compreensão.
“A natureza acelerada do programa fez com que eu refinasse rapidamente minha capacidade de apresentar ideias de forma eficaz, uma habilidade que certamente me beneficiará tanto no meio acadêmico quanto no profissional,” disse Burke.
“Entender como as empresas adaptam suas estratégias para diferentes mercados é essencial para o sucesso global. Ao abordar a expansão internacional, me sinto mais confiante para analisar o comportamento do consumidor e novos ambientes de negócios. Além disso, colaborar com pessoas de diferentes origens será super valioso à medida que busco futuras oportunidades no exterior, seja por meio de programas de estudo ou de uma carreira internacional no mundo dos negócios.”
Curiosidade intercultural e empreendedorismo
Curiosidade intercultural e empreendedorismo

Recém-graduada em ciência da computação pela Escola de Engenharia da U-M, Hazel Shibu não perdeu tempo e mergulhou no programa de mestrado em gestão da Ross.
Natural de Abu Dhabi, Shibu está agora focada em expandir o negócio de perfumes de sua família, a Luxury Concept Perfumes, por meio de estratégias de marketing internacional, enquanto aspira uma carreira em ‘venture capital’ e apoio a startups globais.
“Como exportamos para a Europa, queria entender o consumidor europeu, especialmente sobre o austríaco,” disse Shibu. “Aprender no exterior mostrou como teorias de marketing se aplicam em diferentes culturas. A colaboração com colegas diversificados resultou em um projeto mais criativo.”
Para Shibu, a lição principal foi o valor da curiosidade.
“Quanto mais investigamos, mais inovador é o resultado — sempre com base em pesquisa e múltiplas perspectivas,” disse ela.
Shibu planeja aplicar essas ideias ao negócio, melhorando a narrativa da marca e expandindo operações globalmente.
“Aliando minha experiência prática na indústria de fragrâncias a uma visão ampliada sobre investimentos, quero ajudar empresas a crescer em contextos diversos e multiculturais”, disse ela.
“No fim, foram as conexões humanas que marcaram. Construí laços com colegas incríveis, cada um com sua visão de mundo. Essas conversas — sobre tradições, valores e mercados globais — transformaram minha perspectiva.”