Socializar ajuda idosos a modificar a maneira de interagir

outubro 13, 2015
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Um homem sênior que usa um computador tablet com um jovem adolescente. (imagem)ANN ARBOR — Apesar do estereótipo de que os idosos, muitas vezes, divagam ou não conseguem se limitar e discutir um tópico, os adultos mais velhos que gostam e se socializam são capazes sim, de adaptar suas conversas de acordo com a faixa etária dos ouvintes, diz pesquisadora da Universidade de Michigan.

Saber o que o ouvinte vai achar relevante em uma conversa ajuda a posicionar o locutor ou pessoa que fala como um parceiro atento e sensível, diz Deborah Keller-Cohen, professora de Educação, Linguística e Estudos das Mulheres.

Esta é uma habilidade importante em muitas situações da “vida,” ela diz. Por exemplo, um idoso que dá informações incompletas, sem detalhes ou não relacionadas ao tópico para um médico, em vez de fornecer uma narrativa sucinta sobre sua saúde, poderá não receber todo o cuidado necessário.

Keller-Cohen analisou se os idosos podiam modificar seu discurso quando falavam com uma criança ou com um adulto. Ela também procurou abordar como a rede social dos idosos e o modo de vida afetam a maneira como eles falam para os ouvintes de diferentes idades.

Uma amostra de 34 adultos, com idades entre 75 a 90 anos, classificaram suas interações sociais, considerando frequência, satisfação e número de pessoas com quem eles interagiam. Os participantes do estudo foram convidados a descrever como fazer um sanduíche de queijo quente ou um de salada de ovos para dois ouvintes fictícios: um menino de 10 anos de idade e um adulto de 30 anos de idade. Suas palavras e frases foram então analisados.

Os idosos forneceram mais informações e uma variedade menor de palavras quando falavam com uma criança. Em contraste, quando um adulto foi o ouvinte, os idosos frequentemente usavam uma variedade maior de palavras durante suas explicações.

Isto indica que eles estavam atentos e foram sensíveis à diversidade de vocabulário de cada ouvinte, disse Keller-Cohen.

Os idosos com interações sociais mais frequentes também forneceram mais informações para as crianças, indicou o estudo.

Os resultados aparecem na edição atual da Research on Aging.

Mais informações:

Deborah Keller-Cohen
Pesquisa sobre Envelhecimento