A insegurança no emprego a longo prazo exerce pressão sobre os trabalhadores mais velhos

dezembro 8, 2016
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Um trabalhador mais velho senta estressado na frente de seu laptop. (Imagem)ANN ARBOR – A ameaça à longo prazo da perda do emprego gera depressão aos trabalhadores mais velhos. Os empregados que acreditam por décadas que perderão seus trabalhos acabam tendo níveis mais elevados de medo e aflição, segundo um novo estudo novo da Universidade de Michigan.

Ao contrário dos estudos anteriores que rastrearam os trabalhadores por apenas alguns anos, os investigadores da U-M seguiram as mesmas pessoas durante 25 anos.

“Nossos dados nos dão uma oportunidade única de examinar como a constante insegurança no trabalho está relacionada com um maior sofrimento psicológico na vida adulta”, disse Sarah Burgard, professora associada de Sociologia e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Social.

Burgard, autora principal do estudo e a pesquisadora Sarah Seelye, disseram que a insegurança no trabalho que se estende ao longo de uma carreira de 25 anos – e o estresse crônico no emprego associado a ela – é uma realidade para muitos americanos.

Os pesquisadores usaram dados do estudo “Americans’ Changing Lives”, em que quase 435 pessoas completaram cinco pesquisas, de 1989 a 2011, sobre como se sentiram durante a semana anterior e listaram quaisquer preocupações com a segurança do emprego. Os participantes foram entrevistados antes e depois da Grande Recessão (dezembro de 2007 a junho de 2009) para captar suas percepções sobre o seu posto de trabalho durante aquela recessão maciça.

Os resultados indicam que o estresse da percepção de insegurança no emprego era alto entre as minorias étnicas e aqueles sem grau de ensino médio.

Além disso, os trabalhadores mais velhos sofreram mais devido às suas circunstâncias. Burgard disse que a discriminação de idade ou a percepção de um empregador de que os problemas de saúde poderiam se tornar mais prevalentes no final da vida, poderia colocar em risco a capacidade da classe mais velha em manter um emprego.

Quando os pesquisadores ajustaram os resultados com base na idade, raça e escolaridade, entre outros fatores, a saúde dos participantes mudou significativamente mais para aqueles que estavam persistentemente preocupados com a perda de emprego.

Em tempos assim, empregadores e gerentes podem fazer várias coisas para ajudar seus funcionários permanecerem saudáveis, mesmo que as ameaças ao trabalho apareçam, disseram os pesquisadores.

“É importante manter as pessoas informadas sobre o que está acontecendo”, disse Seelye, estudante de doutorado em Sociologia. “Não saber se um desligamento pode acontecer ou não é muito estressante.”

Fornecer informações sobre demissões iminentes ou mudanças de escritório, por exemplo, em vez de permitir a circulação de rumores, permite que os trabalhadores pensem sobre uma resposta e façam algum planejamento antecipado, disseram pesquisadores.

Burgard também sugeriu que os formuladores de políticas e os empregadores devem pensar sobre os custos de saúde e as perdas de produtividade que poderiam ocorrer no grupo de trabalho composto por muitos funcionários inseguros, especialmente durante e após recessões econômicas.

“Aqueles que carregam o maior fardo são aqueles que enfrentam a incerteza por mais tempo, e é importante pensar nos custos da reestruturação de uma força de trabalho e no suporte social de uma forma que não crie trabalhadores tão vulneráveis”, disse ela.

O estudo aparece na edição atual da Society and Mental Health.

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Sarah Burgard
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