ANN ARBOR — A estudante Layne Vandenberg, bacharel em Relações Internacionais e em Espanhol, está no Brasil investigando como andam os preparativos para os Jogos Olímpicos de 2016.

Com especialização em estudos da mídia global, ela recebeu uma bolsa Fulbright e da Brazil Initiative, e está no Rio de Janeiro para saber como os jogos estão afetando as pessoas que vivem nas favelas. Ela também pesquisa o impacto dos Jogos Paraolímpicos, que acontecem em setembro, na comunidade dos deficientes.

“Receber um Fulbright é uma grande honra, porque me dá uma oportunidade única de realizar pesquisas focadas juntamente com outros parceiros e organizações, e dá para eu trabalhar em projetos específicos com metas que vão além do mundo acadêmico ou de um produto acadêmico”, disse ela.

Layne está entre os 29 estudantes da Universidade de Michigan que receberam bolsas de estudo Fulbright este ano (2015-2016), colocando a U-M, pelo terceiro ano consecutivo, em primeiro lugar entre as universidades públicas nos Estados Unidos que mais receberam bolsas de estudo.

Também na lista dos recipientes está John Doering-White. Ele faz doutorado em Trabalho Social e Antropologia na U-M e está investigando as experiências de centro-americanos em situação irregular que migram através do México.
“A Fulbright forneceu a verba necessária para eu realizar uma parte significativa do meu trabalho de campo para minha tese”, disse ele.

As bolsas – uma das premiações de maior prestígio do governo dos EUA – são oferecidas a alunos que querem estudar, realizar pesquisas ou ensinar inglês no exterior por um período entre seis e 12 meses. Os receptores são escolhidos por mérito acadêmico e potencial de liderança.

James Holloway, vice-reitor de Educação Global e Engajada, disse que os estudantes da U-M mostram ética pública, o que é um exemplo para todos.

“Como grupo, estamos constantemente tentando participar de pesquisas em diferentes partes do mundo e em fazer uma diferença positiva na comunidade internacional. Nossa forte representação na competição Fulbright é um reflexo dessa perspectiva global, com suporte de uma preparação acadêmica sólida “, acrescentou.

Cinco docentes da U-M também foram premiados com bolsas da Fulbright, colocando a universidade em sexto lugar no ranking.

Patrocinado pelo Departamento de Estado americano, o Programa Fulbright tem como objetivo aumentar a compreensão mútua entre os EUA e outros países, como também ajudar seus recipientes à alcançarem seus objetivos acadêmicos. Mais de 1.900 estudantes norte-americanos, artistas e jovens profissionais de 100 diferentes áreas recebem bolsas de estudos anualmente. A U-M ficou em primeiro lugar no recebimento do número de bolsas Fulbright em 2005, 2007, 2008 e 2010-12.

“Não é por acaso que, mais uma vez, a U-M lidera a lista entre as melhores universidades pública”, disse Pauline Jones Luong, diretora do Instituto Internacional. “Nossos professores e funcionários estão profundamente comprometidos com a educação internacional e o engajamento global. Eles desempenham um papel importante em inspirar e preparar os alunos para participarem e terem sucesso na concorrência.”

Entusiasmada com a oportunidade de estar no Brasil em um ano tão importante, Layne acredita estar abrindo portas profissionais através desta pesquisa. “Em termos de futuro, a Fulbright me dá um espaço para experimentar e falhar no meu campo de interesse e ver como o desenvolvimento e o esporte podem impulsionar uma mudança positiva,” completa.

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